A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga supostas irregularidades nas empresas terceirizadas contratadas pela Prefeitura realizou da manhã desta sexta-feira (08/10/2021) a 16ª rodada de oitivas. A CEI das Terceirizadas vem ao longo das últimas semanas recebendo denúncias de trabalhadores que têm sofrido violações em seus direitos trabalhistas, tendo que se sujeitar a alterações unilaterais de contrato de trabalho.

A comissão é composta pelos vereadores João Paulo Rillo (Psol), que preside os trabalhos, e pelos membros Anderson Branco (PL), Rossini Diniz (PL). O presidente da Câmara Pedro Roberto (Patriota) apesar de suplente tem participado ativamente durante as rodadas de perguntas com os convocados.

Nesta rodada os vereadores ouviram primeiro a empresária Carla Vanessa Flora dos Santos, proprietária da R&F Segurança Eletrônica, e o gerente da empresa Eric Rodrigues dos Santos. Eles vieram esclarecer o motivo de gravações das câmeras da Garagem Municipal não estar disponível para consulta. Segundo Eric, no começo do mês de agosto uma série de falhas da energia elétrica da rede de abastecimento fez com que os aparelhos de gravação queimassem e todos os arquivos foram perdidos. Assim não foi possível averiguar a solicitação da CEI à Secretaria de Serviços Gerais.

A pauta do pedido de gravações era para esclarecer suposto descontrole no cartão de ponto constatado durante diligência de membros da comissão à Garagem Municipal no dia 3 de agosto. Na ocasião, a CEI encontrou o que considera divergências em pontos, como ausência de cartões de registro. Em oitivas passadas alguns dos motoristas ouvidos apresentaram justificativas evasivas sobre o registro de ponto. Um deles alegou que sofria de perda recorrente de memória e outro justificou que estava cumprindo folgas de banco de horas.

Em seguida a Comissão realizou questionamentos ao empresário Jefferson Casanova, proprietário da Staff’s Recursos Humanos Ltda. A CEI recebeu denúncias de má-qualidade da alimentação. Segundo terceirizados, a empresa substituiu o ticket-alimentação de R$ 17,60 por marmitex. De acordo com a CPI, o sindicato da categoria informou que a refeição deve ser compatível com o valor, mas a distribuição se resumiria em arroz, feijão, salsicha, linguiça e ovo.

O proprietário alegou que ainda está em fase de implantação da distribuição das marmitas e que logo a qualidade da comida melhoraria. O vereador João Paulo argumentou que não é admissível que a alteração da modalidade de alimentação fosse alterada sem o funcionário concordar com a troca do ticket com a marmitex.

Coordenadoria de Comunicação

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