A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga os furtos de fios de cobre em Rio Preto realizou a oitiva da secretária de Assistência Social, Sandra Reis. Objetivo da comissão foi entender o trabalho de abordagem social a pessoas em situação de rua, que são os principais responsáveis pelo furto de fios de cobre. Segundo dados da Guarda Municipal, das 38 ocorrência envolvendo furto de fios, 26 tiveram pessoas em situação de rua como autores. Foram abordados temas desde o cadastro das pessoas em situação de rua, se há levantamento de quantos desses moradores possuem passagem criminal bem como o funcionamento das abordagens, acolhimentos e encaminhamentos a tratamentos.
Segundo a secretária, Rio Preto possui atualmente entre 700 e 1,1 mil pessoas em situação de rua. E que neste mês, até o momento, foram realizadas 400 abordagens a 286 pessoas diferentes, sendo que foram realizados 51 encaminhamento, principalmente para a Pousada da Esperança e para a Casa de Cireneu. Sandra Reis lembrou ainda que o trabalho de abordagem deve contar também com apoio da Saúde e da Segurança. Integram a CEI os vereadores Alexandre Montenegro (PL), presidente, João Paulo Rillo (Psol) e Jean Dornelas. "É um caso diretamente ligado à dependência química. Não é furto profissional. Um questão social", disse Rillo, que questionou ainda como lojas de recicláveis, que seriam os receptadores desse material, conseguem funcionar nas madrugadas. A gerente do Centro Pop, Sônia Mielli, também participou da oitiva.
A secretária da Assistência Social destacou também a necessidade de fazer um recadastramento da população em situação de rua, para entender o perfil dessas pessoas, falou que dobrou a verba destinada a passagens para os cidadãos que desejam voltar às suas cidades de origem e afirmou que está concluindo um levantamento de áreas degradadas na região central expandida, para adotar medidas que evitem ocupação e uso irregular desses imóveis abandonados.
Ao final, os vereadores deliberaram por solicitar da Assistência todos os estudos que embasaram a decisão de ampliar os serviços do Centro Pop e também os custos dos contratos com as organizações sociais que fazem trabalho de abordagem aos moradores de rua.
Publicado em: 21/07/2025 16:43:59